domingo, 13 de dezembro de 2015

O Brado da Umbanda!


por Magnus Quandt, mais Um na Banda!

Neste dia pudemos dar mais um passo em nome da nossa amada Umbanda, um passo grande, um passo largo, um passo merecido e um passo de amor. Neste dia fomos ouvidos, não em forma de protesto, não em forma de um “reclamar”, não em forma de dor, não em forma de tristeza. Neste dia FOMOS OUVIDOS, mas fomos ouvidos como SOMOS, com muito AMOR, com muita descontração, com muito carinho, com muito canto e com muita simplicidade.

NESTE DIA lotamos uma grande livraria em uma área nobre, lotamos e mostramos a força de nossa amada Umbanda, esgotamos livros, nos apertamos no “pequeno” espaço que nos reservaram, transbordamos pessoas e axé por toda livraria...

Ouvimos o chamado, a esperança, a oportunidade de marcamos mais um ponto na história.

Sentimos em nossos corações, em nossa mente, em nossa razão, em nosso espirito, sentimos a necessidade de nos mostrarmos, de batermos no peito e dizer que SIM! NÓS SOMOS UMBANDISTAS, NÓS SOMOS MUITOS, NÓS SOMOS FORTES e NÓS SOMOS UNIDOS COMO UM – COMO BANDA, COMO UMBANDA.

Começamos de maneira tímida, meio sem saber o que fazer, sem saber o que dizer, mas estávamos vestidos com nossos sorrisos, com nosso carinho e com nosso amor, foi quando se ouve o primeiro toque de um atabaque, a primeira saudação, então sentimos aquele arrepio que começou dos pés e foi até o último fio de cabelo, logo surgiu o pensamento, ISSO É UMBANDA, mas onde estamos? Sim estamos em uma livraria, em um shopping localizado em
uma área nobre desta grande metrópole chamada SÃO PAULO, não estamos mais nos escondendo, não estamos mais em um fundo de quintal, não estamos mais afastados da sociedade, não somos mais segredo, somos uma RELIGIÃO, somos a RELIGIÃO DE UMBANDA.

Enquanto aquele primeiro canto ecoava pelos nossos ouvidos e se espalhava na imensidão, essa imensidão astral e material, aquele espaço se tornou pequeno, mas ao mesmo tempo grande, ao mesmo tempo em que não cabia mais ninguém, cabia todo mundo, todo mundo que se encantava com aquele som, com aquele toque com aquela alegria, com aquele amor e com aquela emoção que era visível, era palpável, era ouvida, era sentida e era tocada.

Cantamos com todo nosso amor, com toda nossa voz, com toda nossa força e com todo nosso AXÉ emanado por nossos amados Orixás que ali se faziam presentes reinando em cada um de seus filhos, em cada uma das pessoas que os olhos se enchiam de lagrimas em cada saudação, que seu coração batia mais forte a cada toque do atabaque, que seu corpo arrepiava a cada batida de palma. Em cada palavra e cada canto estava lá também o brado do Caboclo, o estalar de dedos e as palavras doces e poderosas de nossos Pretos-velhos, o irreverencia e alegria de nossos Baianos, o berrante de nossos Boiadeiros, a gargalhada de Exu, o sorriso e olhar sedutor de nossa mãe Pomba gira, o balanço e a força de nosso Marinheiro nos guiando pelos mares das emoções, a alegria e o olhar de criança de nossos Erês, a magia de nossos Ciganos...

Sim todos estavam lá, cada um trazendo sua força de dentro pra fora e de fora para dentro sendo irradiado para todos os lados, NÃO ESTAVAMOS ESCONDIDOS.

Ao cantar o hino, SIM NOSSO HINO, O HINO DA UMBANDA, refletimos a luz divina, mostrando todo seu esplendor, onde há paz amor e alegria que veio diretamente do reino de Oxalá que esta dentro de cada um de nós, esta luz que refletiu em nossos olhos, em nossos corações e em toda a livraria iluminando a cada um dos presentes e a cada um que por ali passava, mostramos que a Umbanda é paz, amor, alegria e a força que nos da vida, sua grandeza nos conduziu até ali e naquele momento LEVAMOS EM MAIS UMA PARTE DO MUNDO A BANDEIRA DE OXALÁ, por isso eu reafirmo meus irmãos, AVANTE FILHOS DE FÉ, como a nossa UMBANDA NÃO HÁ, vamos contar aos nossos filhos, aos nossos netos a cada pessoa, em cada cidade, estado ou país que percorremos, vamos contar que neste dia A UMBANDA CANTOU PARA O MUNDO.


Talvez a gente não tenha noção do que ali houve, talvez não saibamos a dimensão deste trabalho, nem o que será daqui pra frente, mas eu digo uma coisa, essa data não será esquecida, ela será mencionada, ela será compartilhada, ela será reproduzida e não para o ego dos ali presentes, mas como marco histórico que UM DIA a UMBANDA BRADOU para quem quisesse ouvir e até para quem não queria, a UMBANDA MOSTROU QUE É LINDA, FORTE E UMA RELIGIÃO DE MULTIDÃO.

SARAVÁ UMBANDA.

Texto em referência ao dia 09/11/2015 as 19:00 – Noite de Autógrafos e lançamento dos Livros Médium Incorporação não é possessão do Autor Alexandre Cumino e do Livro Cantando e Tocando Ijexá e Barra-Vento do Autor Severino Sena – Editora Madras, que aconteceu na Livraria Saraiva MegaStore do Shopping Pátio Paulista – localizado na rua Treze de maio, 1947 – São Paulo – SP.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Umbanda não é Muleta!


Por Sacerdote Paulo Cesar de Omolu, mais Um na Banda!

Você que está na Umbanda, Pare e pense.

Para que está na Umbanda? O que ela te serve? O que você pede?

A Umbanda não pode ser a sua muleta, a Umbanda quer que você caminhe com suas pernas.

Olorum, Orixás e Guias nos dão o amparo necessário para a nossa vida, a Umbanda é sua religião e não a muleta para você rastejar- se. A religião de Umbanda te ensina a andar pelos caminhos tortos, com pedras nos caminhos, mas sempre com muitas exigências em suas condutas.

Não adianta ficar reclamando de sua situação, não adianta se lamentar. Mude seus pensamentos, se você não acredita na Umbanda, você está na religião errada, se não entende o que o Guia te fala, está na religião errada. Se seu trabalho está ruim, algo você tem que fazer para aprender e melhorar, se o seu relacionamento está ruim, algo você tem que aprender e melhorar.

Tire as muletas de sua vida caminhe com suas próprias pernas, não culpe o Orixá que não te ajuda, não culpe o Guia que não te ajuda, pois tenho certeza que eles estão fazendo de tudo para você deixar as muletas. 

Resolva a sua vida, de o direcionamento nos seus objetivos e vá atrás com FÉ em Olorum, Fé na Umbanda como Religião que te ampare e conforte o seu coração e permita se TRANSFORMAR. 

Só assim você entenderá o real motivo da Umbanda.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O Universo Que Te Alimenta


Por Gustavo Antunes, mais Um na Banda!

Você já deve ter notado que tudo na vida é sustentada por forças que na hora certa agem, seja na hora de escapar de um perigo ou na hora que você mais precise, elas sempre estão lá garantindo que tudo que você pense e acredite, aconteça com a máxima perfeição segundo as suas limitações criadas pelos seus pensamentos. Você joga tanto na mega sena, querendo GANHAR aquele dinheiro todo mas você não acredita que você possa ganhar dinheiro do nada, você aprendeu que dinheiro vem com trabalho do contrário é ladrão, ou seja, você cria milhares de crenças em coisas que garantem que você não GANHE NADA DE GRAÇA, ao contrário você estaria assinando em baixo tuuudo aquilo que você pensa sobre isso.

Nosso corpo é um aparelho que se alimenta energeticamente dos fluidos que estão ao nosso redor, dos lugares em que estamos pessoas com quem convivemos. Funciona assim, sabe quando você vai à academia, começa com a bola toda que vai mudar de vida, ai passa 3 dias você já ta naquela ruim, e ai começa a querer desistir, que é mto sofrimento, que é difícil, que você é um miserável que não vai conseguir fazer nada... AI você olha pro lado tem um monte de gente igual a você, morrendo de estar ali naquele lugar, é com prazer que apresento seus parceiros fluídicos. É com esses ai que você está se ligando e repartindo essa energia de sofrimento que tem no lugar, e você suga aquilo, suga, e vai correndo e nem suas banhas vão secando, parece até que você vai ficando mais feia e cansada. Por um surto de raiva você olha para frente e vê pessoas felizes com aquilo, fazendo exercícios que você nem consegue se imaginar fazendo, e o piooor de tudo, eles estão FELIZES... COMO PODE? Pois é, lhe apresento o MUNDO DE QUEM SE LIGA NO MELHOR. Tá longe né, mas calma que você chega lá.

Essas pessoas se ligam a corrente inversa da raiva, do sofrimento, elas mantêm pensamentos saudáveis e estimulantes sobre o assunto, vêem com bons olhos o esforço, se sentem felizes de estar cuidando delas, de estar ali COM ELAS e POR ELAS. Claro que elas têm momentos semelhantes aos seus, mas a forma que reagem é diferente, logo que se pegam pensando no oposto dão um jeito de mudar o pensamento e se ligar novamente a corrente certa.

Isso serve para tudo, quantas vezes uma criança adotada passa a ter mais cara dos pais do que o filho de sangue, isso porque ela se nutre de tal forma daquela energia da família que fica igual, é incrível. Por isso o rico é rico, o pobre é pobre, o homem bem sucedido é bem sucedido, o gordo é gordo e assim vai, você que escolhe onde se liga e isso reflete na sua vida. Gostaram? Comecem a notar, tirem por prova de vocês mesmos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Umbanda e a Reforma Íntima


por Cristiano Trevelino, mais Um na Banda! 

Dento da nossa amada e querida religião, podemos presenciar uma grande e importante mudança. Mudança essa que ocorre de dentro para fora. 

Então quais seriam essas mudanças? 

Para respondermos essa pergunta devemos nos permitir uma viagem ao nosso passado, ao primeiro dia que tivemos o contato com a Umbanda. Se levarmos mais afundo nossas lembranças, vamos ver que a Umbanda foi capaz de nos mudar, de mudar valores e conceitos, visões a cerca de fatos internos e externos, de causar em nós uma reforma íntima até os dias de hoje, independente do tempo de caminhada na senda espiritual, temos que concordar que todos nós mudamos. 

Uma das primeiras mudanças aconteceu quando tivemos ciência de nossa mediunidade, do nosso compromisso de colocá-la a serviço da espiritualidade. Quando alguém assume o "grau" de médium, dele é exigido que purifique seu íntimo, que reformule seus conceitos a respeito da religiosidade. O médium deve conscientizar-se da necessidade de melhorar seus comportamentos e atitudes no dia-a-dia, não deixando que abra o mental para baixas vibrações e consequentemente seja alvo de vibrações negativas, o que automaticamente causa um desequilíbrio no médium, afetando assim seu desenvolvimento, portanto mudando e melhorando seu comportamento e suas atitudes implicará de modo positivo nos trabalhos no Templo, no seu desenvolvimento e na sua vida como um todo. 

Quando nos remetemos ao sagrado, todos nós médiuns, iniciando o desenvolvimento devemos nos portar dignamente a frente dos nossos Sagrados Pais e Mães Orixás, que nos ampararão daí em diante. 

A transformação interior, essa reforma íntima é o caminho correto da vida, o caminho da retidão, o caminho da fé e da vontade, o caminho da luz, caminho da humildade e da caridade e principalmente caminho da consciência, consciência essa de nossos atos, que devemos ter cuidados para não cairmos nos nossos negativismo e nem nos de nossos semelhantes. 

Em nossas mentes e corações não devem existir separações entre o mundo material e o espiritual, não há um tempo para a matéria e outro pro espiritual, devemos ser unos pois para nós Umbandistas tudo é sagrado, repito TUDO, ou pelo menos devíamos tornar tudo que acontece em nossa vida como algo sagrado, começando com a vida que por si só a é, pois o valor da vida está na eternidade. 

A qualidade de tudo é universo de Deus. 

Muitas vezes nossas próprias mentes que acabam profanando aquilo que nos é sagrado, pois só profana aquele que não tem bom senso das coisas. A prática religiosa deve ser um ato sagrado o tempo todo, pois Deus está em tudo e em todos e com isso devemos levar a simplicidade da vida para dentro do nosso coração e tornando sagrado o nosso mundo, nossas ações, os nossos momentos. 

Não é preciso "arranjarmos tempo" para praticar a religião, o importante e necessário é transformarmo-nos internamente, buscando nossa verdadeira essência, nossa verdadeira natureza e identidade, a cada momento, expressando isso na criação de um mundo melhor, pois quando passamos a sermos nós mesmos, de fazer o que temos vontades, de nos observar e observar o mundo em nossa volta, de darmos valor aquilo que realmente nos importa e nos torna pessoas melhores, de sermos plenos, deixamos de dar atenção ao que é do outro, desde pensamentos, atitudes, bens materiais, padrões impostos pela sociedade e nos tornamos pessoas mais felizes. Para isso é preciso purificar a mente, o corpo físico e o coração. 

Vimos que nossa amada e querida Umbanda tem um papel fundamental na construção de um "novo" caráter, de novos valores, de novas pessoas, de novos médiuns e quiçá de uma nova era dentro da nossa religião, onde pessoas, médiuns, sacerdote, dirigentes mais abertos, com mais respeito, com mais humildade, compaixão e com mais responsabilidade possam se unir em prol de algo mais importante. A Umbanda! Criando uma nova era da religião com amizades, alianças, muita união e muito menos melindres e brigas, brigas essas por sabedoria, por vertentes, pois muito se vê hoje irmãos colocando as vertentes a frente da religião, onde só a sua presta, só a sua funciona, só a sua está correta e as outras várias existentes são um lixo, melindres de achar que se um outro irmão médium ou sacerdote vai até seu terreiro conhecer, participar de uma gira, fazer uma visita, que isso é uma afronta, que algo de errado acontece, que ele está lá por maldade.

Vamos dar um basta nisso e para que isso aconteça é necessário que haja uma reforma íntima em todos e principalmente que esses valores corretos sejam passados para todos aqueles que ingressam na umbanda e que possam fazer dela uma religião digna do respeito de todos, para que a caridade, união, respeito e amor possa prevalecer, e colocar a Umbanda no lugar de seu merecimento, pois a Umbanda é uma religião de TODOS! 

Como disse o Caboclo das Sete Encruzilhadas: "Nós aprenderemos com aqueles que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai". 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Somos O Que Refletimos


Por Paulo Cesar de Omolu, Mais Um na Banda!!

Inspirado pelo preto-velho Pai Jerônimo

Somos o que refletimos.

Nosso corpo é o que refletimos.

Todos os sentimentos tanto bons quanto ruins são nossas vibrações e sentimos.

Varias doenças são causadas por sentimentos e frustações. Essa semana lê uma matéria que falava sobre isso e pedi intuição para escrever esse texto.

Somos o que sentimos... raiva, frustação, mágoa, medo, culpa, ansiedade, falta de amor próprio e tantos outros.

Quem de nós não sentiu algo parecido?

Quem de nós nunca teve uma mágoa ou uma frustação.

Isso é um alerta meus irmãos, faça uma análise de seus sentimentos.

A Religião de Umbanda nos liberta desses e de tantos outros sentimentos, que nos levam a várias doenças.

Por isso meus irmãos se entregue não tenha medo de expor os seus sentimentos para os Guias. Não use o terreiro para se exibir, sua vida como pessoa e médium vai além disso.

Deixe a Umbanda te tocar.

Deixe o Amor de Pai Oxalá te tocar.

Permita se curar, libertar das amarras das amarguras e da loucura que vivemos nos dias de hoje.

DEIXE A UMBANDA TE TOCAR.

Saravá... Vamos Praticar!!

domingo, 1 de novembro de 2015

O Médium X-Men



Por Magnus Quandt, mais Um na Banda!

Para entender o conteúdo do texto, farei um breve relato de meu início na umbanda de uma maneira bem simples e sem poesia vamos dizer assim...
Bom eu fui na primeira gira de umbanda apenas para acompanhar uma pessoa na qual trabalhava com “isso”, então como estava de férias da faculdade resolvi ir em uma gira e ver o que era “isso”, na primeira sessão foi tranquilo e normal e acabei até gostando daquele “negócio” chamada umbanda, já na segunda sessão tive a sorte de ser uma gira que chamavam de esquerda, gostei do clima e tudo mais, acabou que incorporei um Exu (o mesmo que trabalha ao meu lado hoje), após isso eu decidi que queria ser Umbandista e começou minha jornada.

Por eu ter incorporado de maneira “firme” em minha segunda vez na umbanda eu já me achava uma pessoa diferente e especial por isso, eu já sabia o nome deste guia espiritual então isso me fez achar que eu era melhor que as pessoas que já trabalhavam lá há anos e nunca tinham incorporado e até mesmo alguns não sabia o nome de seus guias ou não tinham firmeza na incorporação, ai então eu me tornei o MÉDIUM XMEN, eu tinha superpoderes, era melhor que os outros irmãos, meus guias eram os melhores, eu queria comprar um chapéu de cangaceiro pro Baiano, queria comprar a capa do Exu, queria comprar a o chapéu do Sr. Zé Pelintra e fiz tudo isso, afinal eu estava pronto, eu incorporei, sabia os nomes, fumava charuto, cigarro de palha, fui autorizado a consumir (incorporado) bebidas alcoólicas (porque lá isso não era para todos) e eu passava para as pessoas humildade, gratidão e sinceridade, mas por dentro eu estava cheio de orgulho, de autoestima, de “poder” e julgamento para com os outros que eu não considerava “evoluído” como eu, sim eu tinha superpoderes eu era o escolhido o Médium XMEN e com certeza eu tinha todo o conhecimento e firmeza de abrir minha própria casa e ela seria melhor que aquela que me iniciou e se abriu para eu entrar pela primeira vez, afinal eu estava coberto com o manto negro da razão...

Resolvi então estudar, porque me disseram que estudar era o caminho e a casa na qual eu frequentava não davam “valor” para o estudo ou não incentivavam, resolvi virar um MAGO, então eu iria ser o MAGO MEDIUM XMEN, fiz cursos de magia e com isso eu já me sentia infinitamente superior aos outros irmãos que chegavam, atendiam as pessoas e iam embora com sensação de trabalho realizado e eu não, era o incansável estudioso da Umbanda e da Magia Divina, eu sabia todos os tronos, cores, nomes, Orixás, suas lendas, li livros (não pelo prazer de aprendizado) mas sim para dizer que eu tinha conhecimento e sabia muito sobre a Umbanda, afinal eu era o MAGO MEDIUM XMEN e tinha que fazer por valer, com isso eu acabava “desprezando” os irmãos que estava se iniciando e lutando com suas dificuldades internas e eu nunca tinha passado por isso, sabe porque? Porque eu era o MAGO MEDIUM XMEN...

Mesmo com tudo isso eu tinha o respeito devido com a casa, com as pessoas, com a espiritualidade, porque eu fazia tudo correto (como não fazer correto se eu era o MEDIUM XMEN), eu não fazia nada do que a casa autorizava, não desrespeitava as pessoas, ficava no meu lugar e só intervia ou fazia algo quando eu era chamado, isso fisicamente falando, porque o meu interior observava o trabalho alheio e julgava, achando que meu guia faria diferente ou meu guia JAMAIS faria um absurdo daquele, que a maneira como a GIRA era tocada naquela casa estava errada, o médium “X” não tinha condição de estar atendendo um consulente, tudo era um absurdo... e sabe porque???? Porque eu era O MASTER MAGO MEDIUM XMEN, sim eu já tinha evoluído nesse tempo de trabalho, mesmo quieto no meu canto enquanto os guias estalavam os dedos,  em meu espirito achava que o meu estalava certo e o dos outros estalavam errado....EU CONHECIA a maneira correta de fazer oferenda, de fazer uma “mandala”, de fazer um ponto riscado, eu já colecionava alguns graus de magia, eu já tinha no currículo espiritual alguns cursos e palestras, eu já tinha uma bagagem de visitas a terreiros alheios e grandes, muito maior do que eu trabalhava, eu já conhecia pessoas “famosas” no meio umbandista... sim eu era o MASTER MAGO MEDIUM XMEN que teve seu inicio rápido como a flecha de um Caboclo, firme como os soldados de OGUM, Justo e racional como Xangô, amoroso e doce como Oxum então eu era o MELHOR MEDIUM QUE AQUELA CASA JÁ TEVE, eu era dedicado (não faltava em nenhuma sessão), eu era esperto, eu respeitava as regras, eu estudava (até além do que pediam), eu estava em todos eventos quer o terreiro participasse ou não, porque eu era o MAGNIFICO MASTER MAGO MEDIUM XMEN...

Ei e você também é um MÉDIIUM XMEM, o dono dos poderes, o especial, o dono da razão, o conhecedor de todos os nomes, pontos, oferendas e etc... ??? não é? Mas não é possível... você começou ontem a incorporar já sabe o nome dos seus guias, os seus guias já te deram 300 missões e você já sabe fazer tudo correto.... como então não é um MEDIUM XMEN detentores dos mistérios e poderes que a espiritualidade lhe forneceu do dia pra noite?

Assustador o relato? Será? Você não se identificou com nada?....

Cabe a todos os Médiuns uma reflexão de como quer encarar a espiritualidade e como encarar seus dons, o desenvolvimento é pessoal e intransferível não tornando melhor nem pior, todos os guias tem o mesmo poder perante a divindade que os rege, o seu não é melhor que o do outro, A SUA VERDADE não sobrepõe a verdade do outro e principalmente sua missão não é mais importante que a do outro, não se deixe enganar pela rapidez na qual se tornou “Médium de Umbanda”, pare e pense o que te levou até aquele caminho, os guias espirituais não estão aqui para provar nada para ninguém muito menos concorrer com outros guias ou até mesmo com templos de umbanda, não se deixe levar pelo ego, pela vaidade e pelo orgulho, entenda que estamos aqui para ser feliz e não para ser melhores para ninguém, apenas melhores para nós mesmo, jogue fora o manto da razão.

Olhe o outro com carinho e amor, não enfie goela abaixo seus conhecimentos forçando a aceitar e acreditar na mesma maneira que você acredita, não importa o tempo da caminhada nem a velocidade na qual você foi ou acha que foi desenvolvido, estamos em um eterno aprendizado e entenda, tudo é um aprendizado tudo mesmo...

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Sacerdote e a Ayahuasca como um caminho!


por Denanci Gonçalves, mais Um na Banda!

Existem dirigentes de trabalhos espirituais que são dignos de pena. 

Pessoas que se colocam na posição ensinar, orientar, aconselhar, doutrinar, e vai por aí a fora, mas não acreditam em seu próprio trabalho, na sua própria força, na sua própria crença. E nem percebem isso!! 

Estão fazendo coisas erradas, sabem que estão fazendo e não procuram se corrigir, pois tentam se enganar sobre estarem no caminho reto. 

Ficam com a (pouca) consciência cobrando as mudanças de atitudes e se perdem pelo caminho, porque estão envolvidos de tal maneira pelo EGO, que estão cegos. 

Então, o que resta para essas pequeninas pessoas?? 

Como ela não confia no trabalho que está desenvolvendo no seu grupo, ela passa a atacar e falar mal dos grupos similares. 

- Fala mal do trabalho do outro sacerdote/dirigente; 
- Critica, denigre o trabalho do outro grupo/terreiro; 
- Proíbe seus “seguidores” de visitar outros grupos/terreiros, demonstram uma segurança e desprendimento (quem não quiser seguir minhas leis que vá embora) falsos, pois na sua insegurança quanto ao seu próprio trabalho tem medo de perder os filhos.

Se esquecem que os caminhos da espiritualidade são diversos e que tudo é uma questão de ATRAÇÃO ENERGETICA e assim sendo, os filhos que vibram igual a ele ficarão ao seu lado aconteça o que acontecer e os que passarem a vibrar em outra sintonia irão embora mesmo que nada aconteça. 

Nesse mundão violento e carente de amor, tem espaço para todos que se dispuserem a vibrar luz, tem filho pra todo sacerdote, fieis para todo padre e todo pastor. 

Cuidado com os sacerdotes/dirigentes manipuladores!! Eles DENIGREM o outro porque não conseguem CRESCER, e precisam que o outro seja REBAIXADO para se sentirem alguém. 

Avaliem a casa/terreiro/igreja onde pisam, pelos exemplos dados pelo sacerdote.

Para quem está chegando ao caminho da espiritualidade através da Sagrada Ayahuasca fica uma explicação e uma dica:

EXPLICAÇÃO: A bebida Ayahuasca é feita de uma só forma: Decocção de um tipo de raiz (mariri/jagube) e de um tipo de folhas (chacrona/rainha) em água e a alquimia (energia, imantação, rezas. Cantos, etc.) de cada um que se propõe a preparar a bebida. Agora, vejam bem, que a Ayahuasca existe em diversas graduações. A mais fraca, onde o efeito é suave e para se ter um efeito mais profundo é necessário beber muitas vezes e a mais forte, que chamamos de mel, onde bebemos 20 ml e temos um efeito forte e duradouro e trabalhos mais profundos. Entre a Ayahuasca mais fraca e a mais forte existem varias graduações. Obviamente que o preço pago pela Ayahuasca também é de acordo com a graduação: Ayahuasca menos graduada tem um valor monetário menor e a mais graduada tem valor monetário maior. Cada dirigente de trabalho conhece a Ayahuasca que está servindo ao seu grupo de trabalho e sabe a quantidade que deve servir, pois ele, antes de servir às pessoas, bebeu fora do trabalho para sentir a graduação.

DICA: Se você for comungar a Sagrada Ayahuasca em um grupo, onde o dirigente fala mal da Ayahuasca servida em outros grupos, fique com o pé atrás, desconfie. Quem confia na qualidade do seu trabalho não precisa falar mal do outro. Quem tem propósito sério, comprometimento com seus irmãos e sabe que está acrescentando algo de bom na vida daqueles que lhe procuram com a intenção de caminhar juntos, não tenta amarrar ninguém ao seu lado.


A LIBERDADE E A IMPORTÂNCIA DE PROCURAR E ESCOLHER SEUS CAMINHOS, DEVERIA SER A PRIMEIRA LIÇÃO ENSINADA PELOS SACERDOTES/DIRIGENTES AOS SEUS DISCIPULOS.

domingo, 20 de setembro de 2015

O Oráculo dos Búzios


pelo Caboclo Manawarã 
(O Conhecimento Sagrado que Alimenta a Alma dos que tem Fé)
Canalizado por Jack Flwr, mais Um na Banda!

“O oráculo dos búzios não serve para ditar as regras de sua vida!

O oráculo dos búzios não serve para trazer a pessoa amada a força!

O oráculo dos búzios não serve para afastar aquele que você julga como rival... Será mesmo um rival ou você caberia melhor neste papel?

O oráculo dos búzios não responderá ao que seu ego busca. Este oráculo não serve para satisfazer suas vontades. Ele serve para direcionar de acordo com orientações verdadeiras que vem do astral de luz.

O oráculo dos búzios traz orientação e seu resultado vem da fé. 

Caso o consulente não siga uma recomendação deste oráculo, todo o auxílio e encanto são quebrados e nenhuma mudança ocorrerá, pois, entende-se que a orientação não foi seguida por não corresponder ao que seu ego buscava e logo, constata-se a falta de fé. 

No entanto, nada lhe será retirado, nenhuma demanda será adquirida. 

Antes de orientarmos os encarnados através das conchas consagradas, temos um compromisso com o Criador e é em nome Dele que lhes falamos. Seu livre arbítrio jamais será desrespeitado.

NÃO é permitida a amarração!

NÃO é permitida a orientação para o mal de terceiros! 

NÃO é permitido atingir aqueles que você julga como rivais. 

Quem assim faz, tem um oráculo consagrado a forças negativas onde Deus não está presente por não ser aceito!”


Mana: Alimento Sagrado;

Warã: Local onde o conhecimento dos mais velhos é repassado aos mais novos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O Amor Incondicional


Por Sacerdote Felipe Lopes, mais Um na Banda!
Intuído e Inspirado pela Cabocla do Trono do Amor.

Amar incondicionalmente alguém é aceita-la do jeito que ela realmente é,
É perdoar seus atos e atitudes que foram feitas sem pensar,
É não ter medo de esconder seus verdadeiros sentimentos, e atitudes para com aquela pessoa, é repensar seus atos e atitudes, e admitir quando estiver realmente.
É transmutar um sentimento negativo em positivo, é tentar esquecer as mágoas e lembrar-se dos momentos bons que passaram juntos.
É lutar para não perder alguém, é insistir naquilo que um dia você acreditou que era verdadeiro, é deixar as induções internas e externas pra trás e deixar o amor em seu coração falar mais alto.
É se colocar no lugar, do outro antes de tomar qualquer iniciativa,
Amor incondicional é mostrar para aquela pessoa que você ama e onde ela está errando e ajuda-la a não errar mais e não apontar seus erros,
É lembra-la de todos os momentos felizes e bons que vocês tiveram juntos, e faze-la entender que os momentos bons são mais importantes a serem lembrados do que algo negativo que ficou para trás.
É você nunca desistir de alguém que ama por orgulho, ou rancor, e sempre manter em seus pensamentos fluidos positivos para que tudo que estiver ao seu redor e ao redor da pessoa que você realmente ama se transmute e positive.
É você dizer a pessoa o quanto você se sente com a separação e o quão importante ela é.
Amor incondicional não é você aceitar tudo e nem concordar com tudo, mais sim ser elevado mentalmente, moralmente e espiritualmente, e saber que um dos dois lados tem que ceder para que a relação volte a ter estabilidade e que o sentimento bom fale mais alto que o ruim.
É você demonstrar que ama, através de gestos e palavras mesmo que seu orgulhe fale mais alto, é deixar o amor te envolver nas suas ações e palavras.
É saber que só perdoando e amando de verdade é que se alcança a elevação.
É respeitar os medos e anseios dos outros mesmo que você não concorde, respeito é fundamental,
É saber falar o que pensam sem magoar ou ferir alguém, é mostrar com palavras doces e carinhosas que nem sempre o caminho mais curto é correto e que algo feito sem pensar pode interferir nos seus caminhos futuramente.
Amar incondicionalmente é chorar de mansinho é sentir uma dor enorme no fundo do peito quando se sente injustiçado, quando não se sabe aonde errou, quando não se sabe o porque de alguém que você tanto ama, ter ido embora e de vibrar contra si um sentimento contrário ao que vocês sentiam um pelo outro.
Amar incondicionalmente é sofrer quando você vê que uma amizade linda e forte que tinha com alguém desmorona diante dos seus olhos e você mesmo sabendo que não tem culpa, luta para que esse sentimento negativo não estrague o amor de ambos.
Amar incondicionalmente a si, a outros, a um amor, a um amigo, é você saber que mesmo que não seja perfeito, mesmo que erre, o seu sentimento sempre vai ser puro, suas intenções para com aquela pessoa sempre foi positiva, mesmo que um dia Ela te veja com outros olhos é saber o que vibrou para ela todos os dias, sempre foi o mais sincero amor condicional que existe dentro de você.
É saber que mesmo sendo julgado, injustiçado, o Criador e todas as suas forças que o assistem sabem de toda a sua ação e que lá na frente esse amor incondicional correspondido ou não será retribuído a ti por algo ou alguém.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Poema - Doce Mãe Oxum!


Por Paulo Cesar de Omolu, mais Um na Banda!

SALVE DOCE MÃE OXUM,

QUE NO SEU COLO EU POSSA ME DEITAR, 
ME AMPARE CURANDO TODA AS MÁGOAS E TRISTEZAS.
MÃE OXUM SENHORA DO PURO AMOR, 
RECEBEU DE OLORUM A MISSÃO DE ENSINAR A HUMANIDADE O QUE É O AMOR... 

OH DOCE MEIGA OXUM, 
MÃE SENHORA DA CONCEPÇÃO, 
ME AJUDE COM A MINHA ESCURIDÃO QUE ENCONTRA O MEU CORAÇÃO, 
ME LAVE COM SUAS ÁGUAS, ME LAMBUZA COM O SEU MEL, MEL DO AMOR.

SÓ A SENHORA DOCE MÃE OXUM SABE O QUE EU PASSO.

ME ENSINA A TER AMOR E TRANSMITIR AMOR. 
OH DOCE MÃE OXUM SENHORA DAS ÁGUAS DOCES, DO MAIS BELO OURO, SENHORA DA FERTILIDADES.

ROGAI POR MIM, MINHA MÃE OXUM,
AO SEU COLO, AO SEU LADO REPOUSAREI,
NOS PÉS DA CACHOEIRA ME DEITEI. 

SALVE SENHORA DO PURO AMOR. 

ORA YEYE OO OXUM.

sábado, 15 de agosto de 2015

O Poder de uma Palavra!



por Cristiano Trevelino, mais Um na Banda!
Inspirado por Pai Jacinto de Angola 

Todos nós, médiuns bem formados e com bom senso, sabemos da responsabilidade que é ser médium e principalmente de dar consulta, claro que sabemos que fica nas mãos da espiritualidade todo esse processo e se ela está falando, tem um porém, uma causa e uma necessidade. 

Muitas vezes nos deparamos com médiuns que não estão no ápice do seu desenvolvimento, muitas vezes ainda não confirmados e são colocados para dar consultas, sendo que não estão preparados para tal.

Isso é um perigo, pois estão lhe dando com a vida de uma pessoa, com um problema dela e até mesmo uma situação onde ela precisa de um amparo, de uma palavra em que acalme, tranquilize, traga paz, e nessa hora uma palavra errada, até mesmo colocada de forma indevida ou ainda de uma forma em que ela entenda de forma errada, pode mudar a vida dela e o que estava ruim com certeza piora. 

Por exemplo, a pessoa chega para tomar um passe, escutar uma palavra de paz e um médium mal preparado fala pra ela que ela está carregada, que fizeram um trabalho de magia negra, ou até mesmo que alguém da família irá morrer, naquela hora a pessoa começa a ficar transtornada, o que era para deixa-lá melhor acaba piorando a situação, o psicológico já fica afetado, achando que algo de ruim vai acontecer e ela própria começa a gerar um pensamento negativo, começa a associar tudo que dá errado com aquilo que lhe foi falado, aí já viu, aquilo se transforma numa bola de neve e ela fica pior, pior e pior.

O trabalho que já era árduo fica pior, pois além de lhe dar com o problema da pessoa teremos que lhe dar com algo que julgo ser pior, que é o mental dela, o psicológico que ficou abalado, afetado por uma palavra mal dita, mal colocada e até mesmo mal explicada, pois precisaremos desconstruir o que ela construiu ou até mesmo está construindo desde que passou por isso. 

O mental tem uma força que pode criar um abismo na própria pessoa, gerando só energias negativas e isso acaba afetando não só o psicológico, mas o espiritual e o físico, onde pode acabar até fazendo com que ela adoeça. 

Por isso nós sacerdotes, dirigentes, pais e mães de santo, babalaôs, enfim, devemos ter muita calma e não pular etapas quando tratamos do desenvolvimento mediúnico de um filho de santo, onde o mesmo deve estar muito preparado para atender uma pessoa, seguro e acreditando sempre na espiritualidade que lhe acompanha, para que assim não aconteça nada de inesperado para um consulente e que o mesmo possa sair bem e levando aquilo que foi encontrar, conforme seu merecimento e sua necessidade.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Umbanda na Atualidade



Por Carla Real Deva Nadeen, Mais Um na Banda!

A Umbanda é uma religião nova, foi fundada em 15 de novembro de 1908, pelo Caboclo das 7 encruzilhadas incorporado no seu médium Zélio Fernandino de Moraes, ou seja, tem 107 anos, acredito que ainda não está totalmente pronta, aqui no plano material, avançou muito com toda a literatura que meu mestre e Pai espiritual Rubens Saraceni nos trouxe através da psicografia, estamos avançando e nos adaptando a essa nova sociedade que é exigente e vive na correria, temos os cursos no sistema Ead que facilita muito na expansão e multiplicação dos aprendizados, hoje não tem mais a desculpa de não ter tempo para estudar, fora as redes sociais que é um meio por onde se troca informações e aprendizados positivos, mas que tem um outro lado, que devemos ficar atentos, pois existem sempre informações descabidas e fora do propósito onde é preciso peneirar algumas informações, não adianta obter muitas informações e querer colocar tudo o que se estuda dentro da Umbanda, a Umbanda tem fundamentos próprios e os bons ensinamentos que temos hoje em dia, não descaracteriza mas soma, os que descaracterizam a ritualística da umbanda, para mim não são bons, são bons para outro segmento, mas para fazer e ter esse discernimento eu preciso ter conhecimento e preciso sim consultar minhas forças antes de sair estudando e cultuando tudo que aparece pela frente porque todo mundo esta fazendo, eu não sou todo mundo, simples assim, não vou em modinhas, não tenho panelas, não gosto de panelinhas e não sigo panelinhas porque as panelas são perigosas porque quem não faz parte da panela é excluído e quem está dentro fica com medo de emitir opinião sobre algo que não concorda por medo de ser banidos do grupo e um acaba acobertando o outro e ninguém expõe o que realmente pensa e isso para mim, não é união, amizade, porque na amizade verdadeira, na união verdadeira as pessoas tem liberdade para colocarem suas opiniões, as pessoas não tem medo de dizer que não concordam com algo, então panelas, caiam fora disso, procurem estudos sérios, fundamentados que somem, simples assim.

Ainda vejo muitos umbandistas reticentes quanto aos estudos, é claro que os guias sabem tudo, e por isso pedem para estudarmos e se não pedem é porque o médium tem uma barreira quanto a isso e o guia respeita. 

Na minha opinião o conhecimento liberta, vi a diferença em mim como eu era e como sou hoje com os estudos, eu pedi para ser direcionada para um estudo sério pois ia lidar com vidas e queria entender o que eles (guiais)faziam, médium que não estuda, se trava, não expande seu mental, fica dependente dos guias para tudo, quando estudamos expandimos o mental, os guias podem nos passar muitas informações, que se antes soariam estranhas, com o aprendizado não soarão mais, além de nos tornarmos mais independentes, é isso que os guias querem pois pessoas dependentes não evoluem. 

O dia que entenderem isso, estudarem, o trabalho fica mais fácil, evoluiremos, cresceremos e aprenderemos a esgotar os nossos negativismos.

As oferendas também sofrendo adaptações no seu modo de serem feitas, mais ecológicas para não danificar o meio ambiente que é o ponto de forças de nossos amados Pais e Mães Orixás onde vivem, zelam e guardam e esperam o mesmo de nossa parte; não se faz mais oferendas nas ruas, temos os santuários de umbanda para isso.

As ritualísticas práticas de terreiro também sofreram um avanço, nos tempos atuais da época que eu desenvolvi a mediunidade, os sacerdotes estão mais "próximos" de seus médiuns, hoje a sacerdotisa e o sacerdote precisam aprender tudo dentro do seu templo desde a limpeza do chão até a administração geral e estudar para poder dar as respostas corretas aos questionamentos de seus médiuns, não cabe mais a resposta antiga: 
"Não está na hora de você saber isso", porque o filho vai pesquisar e vai achar quem responda. 

Só devemos também tomar cuidado para não perdermos com tanta modernidade os fundamentos rituais da umbanda e observarmos o que os guias querem para a sua Casa, os dirigentes são as pessoas que as forças espirituais confiaram para colocar em prática e no plano terreno o que já estava planejado no espiritual, os verdadeiros donos do centro, terreiro ou templo são as forças espirituais, os dirigentes não podem sair fazendo tudo o que querem, alterando as coisas a seu bel prazer, não somos mais que nossas forças espirituais porque estudamos, quem age assim está no ego e não consulta suas forças antes de fazer ou trazer algo para seu terreiro, centro ou templo (como queiram chamar) a Umbanda é magística por natureza e os guias necessitam sim de elementos para trabalharem, as novidades que se chegam também devem ser peneiradas, pois o caboclo precisa do charuto, o preto velho do cachimbo o exu da bebida, etc não porque são viciados mas para manipular magicamente esses elementos em benefício do próximo e de seu médium; o fumo na umbanda é manipulado pelos guias para limpeza do campo áurico, do ambiente, etc a bebida funciona como um contraste para os guias e não adianta substituir por água porque a cana possui outras propriedade que a água, devemos estar atentos para não tirarmos dos guias os elementos que lhes são necessários e tem fundamentos porque nos achamos melhores que eles porque estudamos, isso é ego que deve ser trabalhado, na minha opinião.

Acredito que devemos sim, nos respeitarmos mais, independente de vertentes que se segue, pois a falta de respeito dos umbandistas devido a essas separações por vertentes “enfraquece” a umbanda num todo, pois as pessoas passam a se verem como concorrentes e não somos concorrentes, somos irmãos em Deus, ninguém é melhor que ninguém, não preciso seguir a vertente de um irmão mas posso e devo respeitar a maneira dele de vivenciar a umbanda, sem as famosas críticas por se acharem os donos da verdade porque Deus é o único dono da verdade, é deixar o ego de lado e respeitar, pois se não temos esse respeito entre os umbandistas, não adianta cobrar de fora quando pedimos não a intolerância religiosa, essa deveria começar a ocorrer dentro da Umbanda, dentro do terreiro com os irmãos se respeitando e não sendo intolerantes uns com os outros, aí sim poderemos nos unir contra a intolerância religiosa externa.

Acredito que com os avanços e adaptações aos tempos atuais, chegaremos nessa união de fato. A Umbanda está em nós, de dentro para fora, vejo a umbanda como as fases de vida de um ser: Nascimento, engatinhar, quedas ao começar a andar, rebeldia durante a adolescência, amadurecimento para se firmar de maneira sábia e a contento de todos.

Sempre me perguntam o que acho dos “maus umbandistas”: Quanto aos maus umbandistas, tudo nesse mundo é dual, os seres humanos, os religiosos, e nas religiões como a Umbanda, isso também não falta, tem seu lado bom e ruim. 

Acredito que os “maus umbandistas”, só o são pelo ego, prepotência, arrogância de se acharem o Deus, o próprio Orixá, e isso ocorre por falta de usar os aprendizados em si, ou seja, para sua transformação íntima, não adianta só pregar e não agir conforme se prega, devemos usar o que aprendemos para nos transformamos intimamente e aplicarmos no dia-a-dia os aprendizados adquiridos, não se veste o branco só no terreiro para exaltar o ego e naquelas duas horas se achar o Iluminado, se veste o branco de dentro para fora, no dia-a-dia, o dia que todos fizerem isso, não teremos mais “maus umbandistas”, mas cada um a seu tempo

Termino esse singelo texto com a frase daquele que foi e sempre será meu Pai, irmão, amigo e mestre: 
"A Umbanda é uma semente divina que serve para acolher aqueles que tem mediunidade". 
(Rubens Saraceni)

sábado, 18 de julho de 2015

E foi assim... que falei da Umbanda!



Por Marcelo Gomes, Mais Um na Banda!

No começo deste mês, lembrando que escrevo este em Julho de 2015, fui a um órgão publico da cidade de Embú das Artes para entregar algumas documentações e lá ao chegar fui tomar um cafezinho naquelas barracas que comercializam estes produtos, enfim, após ser servido comecei a e constranger com a forma que o Sr do café ficava me olhando, e entre um gole e outro do meu delicioso cafezinho veio a pergunta: 


- Você é evangélico? me surpreendi com a pergunta e então iniciamos um diálogo...

- Não senhor, não sou, mas por quê o senhor achou isso?

- Porque você tem assim um semblante tão sereno e equilibrado que achei que você fosse evangélico.

Sorri, pois pobre senhor, talvez por viver em seu mundo fechado neopentecostal acreditasse que só os que de lá são pudessem alcançar tal equilíbrio, então era o momento certo de lhe mostrar que um Umbandista também consegue, e assim a prosa continuou...

- Sério?!! Mas como disse não sou evangélico eu sou Umbandista.

Neste momento este senhor, que depois descobri se chamar Amadeu, deu aquela velha franzida na testa, o ar de reprovação imediatamente se fez presente em seu semblante, se tornando nítida sua ignorância, mas esperei ansiosamente a resposta.

- Poxa, você então é daquela religião de gente doida e esquisita.

- Doida e esquisita porquê? até agora o Sr estava achando que eu era evangélico, de repente mudou de opinião.

- Não, veja bem, o que quis dizer é que lá só tem gente atrapalhada que vira tudo gay e esse povo é tudo gente esquisita, você me perdoa, mas pelo que vejo você é igual a mim, assim normal não é?!

Neste momento baixei levemente minha cabeça e profundamente meus olhos, por um instante pensei em que responder a este senhor sem que eu descesse ao mesmo nível de ignorância, foi neste momento que me veio a imagem de amigos e amigas que tanto amo e que são pessoas maravilhosas, um a um fui lembrando, de seus sorrisos, abraços e palavras de amor e conforto, foi inevitável não se emocionar com o tanto de pessoas maravilhosas que conheço (por respeito e por não ter autorização prefiro não citar os nomes de cada pessoa que lembrei, mas sei que quando estiverem lendo este texto saberão quem são,afinal eles sabem o quanto os amo) então o sentimento maravilhoso bateu forte em meu peito o transformando em palavras que saíram pela minha boca....

- É senhor Amadeu, o senhor tem razão, somos normais e não passamos disso, pessoas normais que vivem o dia a dia muitas vezes com medo e sem coragem de enfrentar se quer um desafio na vida quanto mais assumir a opção sexual, se o Sr conhecesse meu amigos e amigas saberia do que estou falando, pois são pessoas que perto de mim são muito superiores, de tão grande caráter e coração, que me sinto pequeno perto deles, se o Sr pudesse ter o privilégio de conversar com um deles veria que tem muito a aprender sobre amor, coragem, companheirismo,dedicação, respeito e tantas outras qualidades que só os tornam cada vez mais especiais, por isso que te falo que somos simplesmente normais e só isso.

E pelo que entendi lá na sua igreja deve existir muitas pessoas que se julgam superiores a nós Umbandistas inferiores não é?! mas lhe garanto que Deus está para todos assim com o sol as estrelas e tudo mais que ele fez, só o buscamos de formas diferentes.

- Diferente e muito diferente mesmo, porque esse seu Deus aí não conheço, que aceita de tudo.

- Não, nosso Deus que é o mesmo que o do senhor não aceita de tudo não, pelo contrário tem bastante coisa que ele não gosta.

- Sério, eita que você vai me falar então que quero saber!

- O Deus que cultuamos ama cada filho indiscutivelmente sem se importar como eles o chamam, ou como fazem suas preces, o nosso Deus é um deus de amor de caridade de auxilio, que não gosta de ignorância, de preconceito, de inveja , de maldade, esse é o Deus que nós umbandistas cultuamos, o senhor teria que um dia ir a uma gira de umbanda para conhecer e com seu próprios olhos ver e daí dizer sua opinião mas com convicção sem ficar apenas repetindo o que ouve por aí.

- Tá certo, eu não vou não, porque tá bom na minha igreja, mas vou pensar antes de falar as coisas porque até pensei que você era evangélico né?! e quanto aos gays esses aí depois do que você me falou até fiquei sentido de dizer essa bobagens, você me desculpa viu não vou mais dizer essas besteiras, e não fique ofendido comigo não, pois depois dessa nossa conversa até que me quebrou no meio porque nunca tinha conhecido um espírita, e então a gente fica com aquela coisa né! sabe como é, e você ser tão bacana e explica as coisas com tanto carinho que nessa religião não deve ser tão ruim quanto se fala por aí.

A conversa continuou, mas fugindo do assunto, e por fim acabamos nos despedindo e o cafezinho até saiu de graça, mas me surpreendi com a conversa e com a forma que respondi aquele senhor, mostrando que o Umbanda é muito mais do que ele imaginava e também tive a certeza que aquelas palavras saíram da minha boca inspiradas pelas entidades que me socorreram quando pedi uma forma de não me comparar na ignorância, pois com palavras de carinho e amor e com aquele "semblante equilibrado e sereno" pude mostrar a face da nossa religião, a face do amor e da gratidão por ter amigos e amigas que tem coragem de expor suas opções sexuais, por ser amigo de pessoas tão superiores a mim, que me ensinam me ajudam que me elevam espiritualmente e que tratam nossa religião com respeito, amor e dedicação.

O nosso Deus é este, que nos ama como somos, que nos atende pelo desejo de nossos corações, que nos ama e a ponto de nos dar o livre arbítrio.

Que este texto fique como forma de agradecimento a todos que tem coragem de ser verdadeiros autênticos que nunca deixam de lado o amor ao próximo a religião e a mim, meus amigos e amigas que só me fazem ter mais e mais orgulho de tê-los como espelho de vida de coragem e de amor.

Gratidão.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Como Funciona uma Tribo?!


por Denanci Gonçalves, mais Um na Banda!
Transmitida pelo Caboclo Sete Flechas

Meu filho, esse caboclo vai dizer uma coisa pra você: O dia em que vocês entenderem o verdadeiro significado de TRIBO, os trabalhos no terreiro de vocês vão fluir de uma forma harmoniosa e tranqüila. 

Numa tribo não tem um índio melhor que o outro e nem uma função melhor que a outra. Todos trabalham para o mesmo objetivo. Os homens caçam, pescam, constroem as ocas, ensinam os curumins a caçar e pescar, protegem seus irmãos e muitas outras coisas.

As mulheres cuidam e educam as crianças, cozinham, fazem artesanatos e muitas outras coisas. Cada um tem sua função e respeita a função do outro, pois sabem que o êxito da sua tarefa depende do êxito da tarefa do outro.

Imagina se o caçador começar a achar que o pajé é mais privilegiado que ele e começar a querer fazer as curas e rezas. O Pajé achar ser cacique é melhor que ser pajé e querer comandar a tribo. As mulheres quererem ir à caça no lugar dos homens e os caçadores quererem fazer artesanatos no lugar das mulheres. Seria uma grande confusão e o bem estar de toda a tribo estaria comprometido.
 
O cacique sabe sua função e a realiza com seriedade e responsabilidade, pois sabe que tem que direcionar seus irmãos no dia a dia da tribo. O pajé faz a pajelança e sabe que os irmãos dependem do seu trabalho para ter saúde e dos seus conselhos quando estão com problemas. Os caçadores sabem que precisam prover o alimento da tribo e que todos dependem deles pra comer. As mulheres sabem que tem a responsabilidade de cozinhar, cuidar das crianças e fazer seus artesanatos e que a tribo depende de suas tarefas para funcionar.

Numa tribo, quando nasce um curumim, ele tem os pais, mas é um curumim da tribo e todos têm responsabilidade sobre sua educação e bem estar.

Entendam então, que no terreiro de vocês não tem ninguém melhor e nem pior que o outro. Os Médiuns dependem de seus guia para trabalhar, os guias e médiuns dependem dos cambones para trabalhar, o Sacerdote precisa dos Ogãs, dos médiuns e cambones para sustentar o trabalho, todos precisam do Sacerdote para conduzir o trabalho e os consulentes dependem de todos para serem tratados.

Se cada um fizer a sua parte conscientemente todos saem ganhando. Sejam uma verdadeira tribo e percebam seus irmãos como curumins: todos responsáveis por todos. 

Uma grande tribo é uma grande família.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Umbanda Próspera


Por Marcos Barbosa, mais Um na Banda!

Já ouviram aquela história, que virou uma máxima axiomática de que a Umbanda é uma religião de pobre e pessoas sem instruções.

Que a Umbanda nasceu em lugares onde viviam pessoas mais simples e de condições econômicas menos abastadas é certo, mas trazer isso até dias de hoje como um quase dogma é avassalador.

Não quero dizer com isso que a Umbanda não deve atender pessoas simples, de menor instrução, se elitizar, mas que devemos mudar este foco que engessa a Umbanda chegar a outras classes e se disseminar, que nos vê muitas vezes de maneira preconceituosa, e um dos motivos é o não acesso.

Por isso assim como na minha vida, aberta à prosperidade, na abertura de nosso terreiro fizemos um esforço hercúleo para conseguir um local acessível, novo, sem nada quebrado ou caindo aos pedaços e sem remendos. 

As portas estão abertas para todos, não importando cor, sexo, condições econômicas, porém estamos num bairro, que pessoas simples, pobres e mais abastadas podem chegar e quando entram no terreiro que sintam não só a energia equilibrada e maravilhosa dos guias e orixás, mas também não tenham suas atenções voltadas para as paredes quebradas, mal pintadas, cadeiras velhas e caído aos pedaços.

Este é um desafio grande e perigoso se for confundido com uma espécie de elitização desvairada sem sentido, mas ainda assim tentarmos derrubar essa máxima da "pobreza" da Umbanda é uma luta de visão próspera na abertura de um terreiro.

sábado, 27 de junho de 2015

Guerra Religiosa?




Por Paulo Cesar de Omolu, mais Um na Banda!

Em tempos de Intolerância Religiosa vejo ataques de todos os lados. De irmãos de outras religiões e dos irmãos de Umbanda.

Não temos que ter medo, não temos que nos esconder como no passado.

Uns já falam em guerra Religiosa e penso...será que todos estão preparados? É esse o caminho? 


Gandhi ajudou na libertação do seu povo sem nenhum tapa, sem nenhum tiro, sem nenhuma morte, usou uma única arma, que é o amor. São os seus atos que fazem com que sejamos respeitados. 

Chamo! Invoco o Guerreiro Divino de Pai Xangô de cada um nos.

Peço ao seu sagrado poder de justiça, que nos ampare nessa grande mudança.

Não somos covardes. Não somos violentos.

Não somos iguais a esses poucos loucos que usam de uma desculpa para atacar o que é diferente do seu pensamento, da sua religião.

O Caboclo das 7 Encruzilhadas disse: A Umbanda vai perpetuar através dos séculos.

Vamos sim lutar pelo respeito que merecemos, Umbandista e Candomblecistas e todos que sofrem um preconceito e ataque desses que se dizem evangélicos.

Deus não quer isso.

Oxalá não quer isso.

Os Orixás não querem isso.

Jesus não quer isso.

Todos os mestres de luz pregaram um único ensinamento...que é o Amor.

Lute com Amor pela Umbanda.

Honre os seus Orixás.

Honre Olorum...

Sem guerra religiosa, pois com ela todos irão perder.

Mas vamos enfrentar sem se esconder, sem fugir. Porque ele está comigo.

Meu Guerreiro da Luz...

Meu Guerreiro de Pai Xangô, o Justiceiro.

Meu Guerreiro de Ogum, o Bravo da Lei.

Somos pela Lei Divina que nos guarda.
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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sincretismo deve Existir?



Por Marcelo N. Gomes, mais Um na Banda!

"Fio me dá um rosário pra esse nêgo trabaiá"........foi a primeira coisa que o Preto Velho José do Rosário disse ao perguntarem se ele queria algo.

Esta frase no dia me fez vibrar, era aquela sensação de iniciante quando as entidades começam a pedir suas coisas e isso faz a gente acreditar que estamos prontos, que já pode formar a fila que está tudo pronto e......e, só que o tempo passou e soube que não era bem isso, não era bem assim que as coisas funcionavam. 

Este mesmo tempo que passou também me fez entender que aquela frase tinha muito mais coisas incutidas do que apenas despertar o ego de um iniciante cheio de vontade, era puramente a pluralidade da Umbanda se fazendo presente, tomando forma num sincretismo magnífico existente desde sua anunciação. 

Esta lembrança se deu após uma conversa com meu irmão, ele assim como muitos de meus irmãos de fé, defendia uma exclusividade de orixás e imagens africanas, "Afinal, se rezamos para orixá é a imagem dele que tem que ter no congá", com estas e outras frases ele ia colocando seu ponto de vista sobre o sincretismo na Umbanda. 

Claro expus minha opinião e ponto de vista, defendendo que não, que não deveríamos banir os santos, imagens ou rezas etc, pois se assim fizéssemos o que sobraria para ser chamado de Umbanda? 

Sem as imagens e santos católicos, sem Jesus no alto do Conga, sem o Espírito Santo em forma de Pomba, sem a reza do Pai Nosso e Ave Maria, sem a oração de Cáritas, sem as ordenanças, sem o crucifixo ou melhor dizendo, sem o Rosário do Preto Velho? 

Pois é, como seria um terreiro de Umbanda sem a lembrança do catolicismo, sem nada que remetesse a algo que não fosse de origem Africana e de repente "baixa" um preto velho e diz: "Fio me dá um rosário pra esse nêgo trabáia".

Será que diríamos ao preto velho que não lhe é permitido porque a casa não permite conceitos católicos?

E se nós quiséssemos banir os Orixás ou qualquer lembrança africanista de dentro de um terreiro, o que sobraria para ser chamado de Umbanda?

E se nós quiséssemos banir as tradições de nossos ancestrais indígenas de dentro de nosso terreiro? O que sobraria para se chamar de Umbanda?

E se nós quiséssemos banir os ensinamentos e práticas Xamãs ou qualquer coisa que se relacionem? O que sobraria para ser chamado de Umbanda?

E se quiséssemos banir os conhecimentos dos chákras e toda a prática da elevação da mente e do espírito oriundos do Hinduísmo? O que sobraria para ser chamado de Umbanda?

Quando penso no Preto Velho José do Rosário só consigo ter um sentimento de gratidão, imaginar que tanta simplicidade carrega uma imensidão de sabedoria e conhecimento, afinal, de um jeito singelo mostra que a Umbanda é isso, a base é essa, o sincretismo é isto, ter a disposição elementos e conhecimento para elevar, curar e abençoar quem quer que vá buscar auxílio, sem se quer seguir uma regra de isso pode ou não pode, se isso é dessa ou aquela religião, deste ou daquele seguimento filosófico, o importante é fazer valer o que se alicerça e baseia toda a nossa religião, AMOR, CARIDADE, HUMILDADE......

Sincretismo não se dá apenas com o catolicismo mas com tantas outras religiões e digo mais, tudo que for para o bem ao próximo e que esteja de acordo com nosso fundamento e orientações de nossos guias e mestres, que se seja bem vindo!

Este é meu jeito de entender, meu jeito de sentir que a Umbanda tem que continuar como é e como sempre foi.

Gratidão

domingo, 21 de junho de 2015

Nas Diferenças da Fé!


por Cristiano Trevelino, mais Um na Banda!

Vivemos num País laico, onde temos como direito a liberdade de cultos.

Existem muitas religiões, todas boas, todas levam a um único Deus, criador de tudo e de todos, o nome que damos a Ele é que vai diferenciar a forma de cultuá-lo.

Costumo dizer que existem muitos tipos de pessoas, cada uma com suas diferenças e necessidades, nenhuma igual a outra, isso faz com que exista essa pluralidade de pessoas, necessidades, diferenças e de cultos, olha como isso é riquíssimo, pois se fosse tudo igual como aprenderíamos com os nossos semelhantes? Isso é fantástico.

Todas as religiões são boas, faz bem para você? Ótimo, a outra fará bem para um outro irmão, olha que fantástico, cada um se enquadra naquilo que faz mais sentido para sua vida!

Devemos sempre respeitar os nossos irmãos de outros cultos e até mesmo vertentes, entendendo que o que não é bom pra ele é para o irmão, irmão esse que muitas vezes está sempre juntos, seja no trabalho, amigo de longa data, vizinho, não importa.

Não é porque ele tem uma outra religião que você vai ter que se tornar adepto da religião dele, mas por quê não respeitar? 

Quando respeitamos a religião do outro irmão, mesmo que ele venha sempre "armado", dizendo que você tem pacto com o diabo, que o que você faz não é certo, que o que você faz não é religião é seita, dizendo ainda ser tudo bobagem, ilusão, charlatanismo, esse respeito por amor aquilo que temos como nossas verdades, por amor aquilo que cultuamos, por amor a Deus, por amor a nossa religião, vai desbancar a briga, o mal entendido, desde que saibamos conversar com calma e respeito, isso fará com que ele largue as supostas "armas" e quiçá passe a te respeitar e respeitar o que você cultua.

Se temos amor por aquilo que pregamos, por aquilo que cultuamos, pela nossa religião e acima de tudo por Deus, não há porque existir a briga, a discórdia, pois não é isso que aprendemos com Ele, o Pai Maior!

Vamos viver com muito amor e respeito ao próximo e veremos que só temos a ganhar e lembre-se não importa que o outro não respeite, comece com você, seja você o exemplo.

Muita paz a todos.

Que nosso amado Pai Maior nos abençoe sempre e nos cubra com muita paz!

Axé, Amém, Aleluia, Kolofé, Mukuiú, Shalom, Saravá, Namastê!

sábado, 13 de junho de 2015

Respeitar e ser Respeitado


por Paulo Cesar, mais Um na Banda!

Vejo em alguns casos que o Respeito não existe.

Respeitamos as entidades da Umbanda, respeitamos o Sacerdote e respeitamos o nosso irmão de corrente, porem não sou respeitado.

Meu irmão ri de mim se eu erro, meu Sacerdote me xinga se eu faço algo errado.

A intolerância existe muito em Templos de Umbanda com os próprios irmãos e Sacerdote.

O respeito começa quando se da o respeito.

Respeitando as diferenças e pensamentos contrários do seu, hoje a Umbanda e os filhos não aceitam mais serem mal tratados, humilhados. O Sacerdote não tem que ser o tirano como era no passado, que não podia fazer uma pergunta que eles já diziam que era segredo de Congá. Rsrs. 

Hoje não cabe mais isso na Umbanda por que temos a interne ai o filho vai lá e digita no Pai Google e vê tudo sobre Fundamentos, defumação e guias O QUE TEMOS É QUE ESTUDAR SOBRE A UMBANDA, O SACERDOTE TEM COMO OBRIGAÇÃO SABER SOBRE A UMBANDA.

Meu Padrinho me disse uma vez: (filho para ser respeitado, você tem que dar o respeito). Não é só os seus atos no Templo ou Terreiro mas no seu dia a dia como pessoa. Para um filho nos respeitar temos que ensinar, escutar e explicar.

PARA REFLETIRMOS

Certa vez Buda com os seus discípulos em baixo de uma árvore, chega um homem enfurecido e dar um tapa na cara de Buda e Buda fala mais alguma coisa?

Os seus discípulos se enfurece acharam um grande desrespeito e queria lutar com o homem e Buda com sua paciência e sabedoria diz:

 - O que me deixa triste é ver vocês com esses pensamentos, vocês não sabem o que esse homem está passando, não sabem o que falaram de mim pra ele e por isso que eu perguntei... mais alguma coisa?

O homem vai embora e naquela noite não conseguiu dormir e ficou pensando no que Buda tinha dito. No outro dia o homem vai a Buda e cai de joelhos aos seus pés e pede perdão por ter o agredido e diz que ele não podia julga-lo sem ter conhecido os seus valores e pensamentos e que a partir daquele dia ele o RESPEITARIA COMO UM IRMÃO.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Nem tudo ou quase nada é demanda!



por Marcos Barbosa, mais Um na Banda!


A religião de Umbanda têm muitos aspectos próprios desconhecido pela grande maioria dos seus frequentadores e às vezes dos próprios umbandistas.

Com frequência é natural ouvirmos um “não sabia que aqui fazia isso” acerca de determinado assunto. Na Umbanda trabalhos de equilíbrio emocional, no amor, na fé, no conhecimento, são de extrema eficácia e trabalhos de cura (mesmo que alguns “super-mega-entendidos” dizer que é trabalho de kardecistas) também o são, para dar um exemplo.

Entretanto, convencionou no inconsciente coletivo, que na Umbanda só se faz quebra de demanda. E aí que morre um grande perigo que vem, implicitamente, tomando conta das cabeças do menos e mais (des) avisados.

Tudo é demanda, é esse um pensamento que vem tomando conta de uma parte considerável daqueles que precisa deste expediente.

Uma simples vela acessa num lugar que venta, natural e fisicamente, essa vela irá queimar mais rápido, e muitas vezes a vela irá “chorar” pelo mesmo motivo, mas para um desavisado e fanático, aquele chorar é uma demanda, pasmem.

Abre-se aí uma oportunidade para alguns oportunistas criarem um avatar de demandas, e ganhar com isso, pois desmanchar uma demanda deste tamanho vai lhe custar muito dinheiro.

É preciso tirar da cabeça de alguns que acabam de entrar na Umbanda que nem tudo ou quase nada é demanda, e que os problemas que advém da vida, muitas e certamente são, criações da própria pessoa ou da vida, simplesmente.

Desequilíbrios pessoais, familiares, desemprego, falta de dinheiro, separações, doenças, são algumas das inúmeras situações que todos irão passar na vida. Neste caso cabe a cada um criar condições pessoais, psicológicas e se quiserem religiosas dentro de sua fé para resolver este momento.

Não se deve colocar nas mãos da espiritualidade decisões de vida, que cabe exclusivamente a você, como trocar de emprego, separar ou plantar bananeira.
Ademais os adoradores de demanda presta um desserviço aos que querem seguir a religião, pois estão criando fanáticos, que num simples tropicar na guia, acredita piamente que estão sendo demandados por toda a vida e fazem disso a muleta para jamais querer encontrar as verdadeiras soluções de seus problemas, que normalmente estão na frente de seu nariz.

Enfim, se existir uma demanda verdadeira será quebrada, pois poucas religiões como a Umbanda são especialistas nisso, mas diminuir o tamanho da Umbanda a quebradores de demanda é uma heresia.